7 de outubro, Diluvio de Al-Aqsa: Há dois anos, a revolução palestina resiste ao genocídio

Hoje, 7 de outubro de 2025, marcamos o segundo aniversario do diluvio de Al-Aqsa, o grande salto do povo palestino e sua resistência: o dia que mudou o mundo. Dois anos depois, em meio ao a um genocídio horrível levado a cabo pelo regime sionista, com total envolvimento e corresponsabilidade dos Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Canadá e seus parceiros imperialistas, torna-se nítido que o caminho forjado pelos militantes no dia 7 de Outubro de 2023 é  o caminho de libertação da palestina, do rio ao mar.

O 7 de Outubro é agora e permanecera uma grande ocasião revolucionaria, um momento que é celebrado pelos povos oprimidos e as nações do mundo como um momento histórico na luta anticolonial e anti-imperialista, e que vai ser lembrando após a libertação como um marco no caminho para a vitória. Os triângulos vermelhos da resistência palestina tornaram-se símbolos internacionais do horizonte revolucionário de derrotar o opressor, e o lendário heroísmo da resistência palestina tem sido escrita inegavelmente na cronicas da revolução global.

No dia 7 de Outubro de 2023, o povo palestino e sua resistência, liderados pelas brigadas Izz el-Din al-Qassam demonstraram para o mundo que de fato é possível romper com a suposta invencibilidade do regime sionista – arquitetado com as mais avançadas tecnologias e com bilhões de dólares em armas imperialistas – derrotar os soldados do colonialismo e racismo, e percorrer livremente por sua terra ocupada. De fato, Israel pode ser derrotado – e será derrotado.

Com cada escavadeira derrubando as cercas, cada tanque destruído pelo povo que almejou atirar e matar, cada base militar e posto de comando pisoteada pelos soldados da resistência, cada planador voando para a alvorada da libertação, cada marcha pleos filhos dos exilados da sua própria terra e negados o direito de retorno, a resistência palestina edificou sua brilhante operação militar estratégica com o alvo de quebrar o cerco libertar os prisoneiros palestinos.

O efeito foi imediato, não somente por que a resistência impôs incríveis prejuízos sobre as forças coloniais. Forças essas que, pelos últimos 75 anos, vinham massacrando palestinos, forçando-os de suas terras e confiscando-as, construindo assentamentos, encarcerando e torturando dezenas de milhares de prisioneiros, destruindo suas aldeias e espaços sagrados, impedindo seu direito ao retorno e conduzindo uma agressão genocida contra a existência palestina. Foi porque com o lançamento do dilivio de Al-Aqsa, a resistência palestina deixou claro que era capaz de libertar a palestina e que uma palestina livre do sionismo estava no horizonte – e que, ademais, uma região árabe livre do imperialismo era inteiramente possível dentro do âmbito de uma resistência popular organizada e mobilizada.

Que fique claro: A causa proximal da agressão genocida sionista-estaunidense contra o povo palestino não foi a ação heroica do 7 de Outubro. A causa do genocídio é o sionismo e o imperialismo, e seu comprometimento vicioso de manter a dominação colonial em perpetuidade. O sionismo tem sido desde sempre não só uma forma de racismo e descriminação racial, como foi corretamente conhecido pelas Nações Unidas, mas uma ideologia de genocídio, e uma criada mão a mão com o imperialismo europeu e posteriormente estadunidense.

Palestinos não tem sido alvos de um genocídio por que eles tem perpetuado e ampliado sua luta revolucionaria, mas sim por que o inimigo que eles confrontamé, independente da reação do colonizado, um inimigo genocida. Um que tem ceifados inúmeros povos na América Latina, no Caribe, na África, na Ásia, na região árabe e em toda Ásia ocidental ao longo de décadas de destruição, extração colonial, invasões, guerras e deliberado subdesenvolvimento e subjugação brutal.

Isso se replica em Gaza hoje, onde mais de 2.4 milhões de Palestinos estão sujeitos a ofensiva genocida, retirados de suas casas. Mais de 67,000 palestinos foram confirmados martirizados, com quase 10,000 perdidos embaixo dos escombros. Mais de 90% da Faixa de Gaza tem sido destruída. A ocupação tem aniquilados os sistemas de saúde e de educação. Obliterando cada hospital e cada universidade. Matando voluntários internacionais, engenheiros, médicos, paramédicos e os submetendo a sequestro, tortura e encarceramento. 304 jornalistas e profissionais mediáticos têm sido alvejados por reportar a verdade sobre o genocido para o mundo, uma verdade que tem indignado a opinião pública mundial e levado ao isolamento popular diplomático do regime sionista, e milhões nas ruas.

Hoje na cisjordânia, onde a resistência tem sido sujeita a repressão severa e encareramento em massa, e onde as forças de segurança da Autoridade Palestina continuam a cooperar em “Coordenação de Segurança” com o colonizador, a ocupação está se engajando em massivo roubo de terras, construção de assentamentos ilegais, ataques sobre vilarejos palestinos, e declarações públicas sobre a anexação de grandes tratos de terras palestinas. Toda a cumplicidade e derrotismo da AP não tem impedido que o regime sionista emitisse declarações claras e abertas, incluindo do seu notório ministro das finanças fascista Bezalel Semotrich, que eles nunca cessarão seu roubo de terras palestinas, ataques sobre locais sagrados, detenções em massa, e matança indiscriminada.

É nítido, agora mais do que nunca, que o campo inimigo enfrentado pelo povo palestino na Estrategia para a Libertação da Palestina em 1969 é o mesmo inimigo genocida que enfrenta hoje: “Israel”, o movimento sionista, imperialismo, (liderado pelos Estados Unidos), e os regimes árabes reacionários, com o ainda a Autoridade Palestina em Ramallah, que na sua cúpula e através de sua “Cooperação de Segurança” com o regime sionista, agora está alinhada com o campo árabe colaboracionista.

Imediatamente no 7 de Outubro de 2023, com o lançamento da grande enxurrada, as potências imperialistas identificaram essa operação da resistência palestina não só como um golpe duro ao projeto sionista, mas um arauto de um novo avanço no campo da resistência, que junto com seus aliados firmes, poderiam quebrar o aperto do imperialismo na região que a muito tempo tem deliberadamente minado o desenvolvimento, autodeterminação e verdadeira libertação da região árabe. Os lideres das potências imperialistas correram para Tel Aviv para declarar que sua fortaleza estava a postos e imediatamente começaram a enviar-lhe bilhões de dólares, euros, e libras de armamento para o regime sionista lançar sua renovada agressão e genocídio sobre Gaza; eles enviaram seus generais para auxiliar na sua guerra, e seus aviões-espião para fornecer vigilância sobre a resistência palestina e direcionar seu assalto. A ascensão de forças declaradamente fascistas e de extrema-direita dentro das potências imperialistas é diretamente ligado a sua cooptação do genocídio na palestina ocupada e repetidos posicionamentos de apoio a “Israel”. De fato, Israel é visto como um modelo de supremacia racial. O genocídio tem sido entrelaçado com as Big Techs, empreiteiros militares, empresas de logística e remessa, e corporações de vigilância social, tornando a realidade viciosa, anti-humana do capitalismo visível para todos. As agressoes dos EUA contra a Venezuela e o Ira são parte de uma mesma tentativa de afirmar a dominação colonial por um império em declínio e incapaz de existir em um mundo multipolar.

Ao mesmo tempo, aqueles que lutam contra o fascismo globalmente apoiam firmemente a palestina. Agora, mais do que nunca, a bandeira palestina torna-se um estandarte mundial de resistência ao colonialismo, imperialismo e injustiça de todos os tipos.

Nos estamos sujeitos a uma constante corrente de propaganda desenhada para deslegitimizar e caluniar a resistência, desde falsas alegações de “estupros em massa” e “bebes decapitados” ate a infinita cadência de filmes, programas de televisão e “documentários” promovidos por grandes conglomerados midiáticos. Nas redes sociais, jornalistas Palestinos e grupos de solidariedade a Palestina constantemente enfrentam censura nas mãos das Big Techs e quanto Netanyahu ostenta comprar o TikTok para poder suprimir os gritos de revolta global e denúncia do genocídio na plataforma. Tudo isso é necessário na mídia ocidental pela realidade da simpatia natural do povo com o povo palestino resistindo genocídio, e os heroicos soldados nas linhas de frente dessa luta, e que sua operação militar revolucionaria claramente seria abraçada pelos povos do mundo se não for afogada e um mar de mentiras e desinformação.

Por 16 anos, o povo palestino em Gaza tem construído a infraestrutura para sustentar um cerco e aprofundar sua resistência, construindo o subsolo como também sobressolo, para defender sua terra e lutar pela libertação da palestina – toda a palestina. Quando os inimigos da cauda palestina tentaram estrangular esse projeto de resistência, com 2 milhões de pessoas em uma faixa de terra minúscula, e através de repetidas agressões e guerras, de um cerco estrangulador, tentando eliminar a força de vontade do povo ou coagi-los a submissão, as forças de resistência desenvolveram uma economia e infraestrutura de firmeza. Isso foi construído durante 7 décadas de resistência em Gaza, desde a era do final dos anos 1960, quando ate o criminoso de guerra Moshe Dayan foi obrigado a admitir que o Mohammed al-Aswad, o “Guevara de Gaza”, “governava a faixa duranta a noite”, junto com a grande intifada popular lançada em 1987 por todo povo palestino, do coração do campo de refugiados de Jabaliya.

Em meio às dezenas de milhares de mártires cujas vidas têm sido ceifadas pela destruição genocida do assalta sionista-estaunidense incluem muitos dos grandes lideres que tem forjado o movimento atual de resistência e que figuram como lideres icônicos da causa global anti-imperialista: Ismail Haniyeh, o ícone de unidade nacional palestina e autodeterminação; Yahwa Sinwar, o lendário soldado que lutou pela libertação dos sequestrados, Gaza, e toda a Palestina; Mohammed Deif, chefe de gabinete da resistência e arquiteto de uma geração de luta; Saleh al-Arouri, o grande combatente palestino; Sayyed Hassan Nasrallah, o grande líder árabe e ícone de décadas de resistência, o articulador da vitoria sobre os sionistas; Sayyed Hashem Safieddine, o heroico estrategista da resistencia; Ahmed al-Rahwi, o premier iemenita que, junto com 11 membros do seu governo; Ibrahim Aqil, Fouad Shukr, Ali Karaki; Comandantes Mohammed Saeed Izadi do Ira, Abdel Aziz Minawi membro do gabinete politico do Jihad Islamico assassinado em Damasco; junto com muitos outros, na liderança politica e militar da causa, junto com jornalistas, doutores, oficiais de segurança, voluntários internacionais e funcionários governamentais mortos buscando quebrar a firmeza, engenhosidade e resistência do povo palestino.

No entanto, a resistencia continua, nunca vencida ou derrotada, com milhares de jovens colocando suas vidas na linha de frente para defender seu povo e sua causa. Sao diarias as noticias de misseis atingindo assentamentos fora de Gaza (Em “Israel”) e acoes de resistência quase impossíveis por aqueles que estão na vanguarda na defesa da Palestina e na defesa da humanidade do genocídio.

O diluvio também veio para buscar a libertação dos prisioneiros palestinos, eles que são o cerne da causa palestina, sujeitos a tortura, isolamento, detenção arbitraria, e todas as formas de abuso. O projeto de lei pela execução de prisioneiros palestinos sendo aprovada agora estava na agenda legislativa em meados de 2023. Hoje, mais de 11.000 palestinos estão encarcerados incluindo mais de 3.600 presos sem acusação ou julgamento em detenção administrativa, e mais de 2,900 habitantes de Gaza presos como “combatentes ilegais”, incluindo não só os soldados da resistência mas também profissionais da saudê, médicos, jornalistas, e pessoas de todas as esferas cotidianas. Abduzidos em massa por forças genocidas invadindo campos de refugiados cheios de pessoas deslocadas. 77 palestinos tem sido mortos dentro das prisões da ocupação nos últimos 2 anos, muitas vezes sobre tortura severa e extrema. Vários médicos raptados de Gaza tem sido assinados nas prisões da ocupação através de violência física e sexual, tanto nos centros de detenção quanto nos campos de tortura de militar como o infame Sde Teiman.

Hoje, os lideres do movimento dos prisioneiros, lideres da resistência palestina como um todo, figuras como Abdullah Barghouti, Ahmad Sa’adat, Marwan Barghouti, Ibrahim Hamed, Hasan Salameh,  Abbas al-Sayed e Mahmoud al-Ardah, presos em isolamento, sujeitos a constantes cacetadas, privacao de comida e abuso, mesmo enquanto a resistência palestina busca lutar para conquistar sua libertação – e aquelas de seus irmãos e irmas – através de uma troca de prisioneiros dignificada. O movimento dos prisioneiros estava no centro dos objetivos do diluvio de al-Aqsa, e permanece no coração do movimento palestino de libertação.

Tal qual os inimigos da causa palestina foram expostos claramente para o mundo no dia 7 de Outubro, também seus aliados e amigos, que tem se erguido em redes de apoio pela Palestina contra um genocídio diante de uma máquina de guerra imperialista buscando destruir todos que o opõem. O grande movimento global de pessoas, em todas as ruas e praças, da periferia do sul global ate o núcleo do império, estão levantando a bandeira da palestina como a bandeira de justiça e libertação para todos. Um movimento incrementado com as iniciativas jurídicas da África do Sul, da Colômbia e da Nicarágua, e a mobilização de inovativas estratégias para responsabilizar os sionistas legalmente nas cortes do mundo.

O Iêmen, com seu legitimo governo revolucionário em Sana’a, o seu povo, forças armadas e movimento Ansar Allah continuam a serem exemplos de dedicação sem paralelos ao movimento de libertação.

Enquanto milhões enchem as praças toda sexta, as forças armadas do Iemen continuam a mandar seus drones e misseis para instaurar o caos nos seus da Palestina ocupada, e enquanto a marinha iemenita interrompe a linhas de suprimento no mar vermelho, forçando o porto sionista de Umm al-Rashrash (“Eliat”) a declarar falência. A Republica Islâmica do ira tem continuado seu consistente apoio material a resistência palestina, enquanto responde a agressão sionista-estaunidense com ataques poderosos, desafiando as tentativas de cortar as redes de apoio a palestina através da guerra física, econômica e cibernética.

No Líbano, as forças da resistência liderados pelo Hezbollah, que antes em maio de 2000 deu um exemplo de enfrentamento para a região quando libertou o sul do Líbano depois de 20 anos de ocupação, imediatamente abriram uma segunda frente no dia 8 de Outubro, que esvaziou a maioria do norte da Palestina de colonos israelenses. O assalto sionista-estaunidense no Líbano, que continua ate esse dia apesar do ostensivo cessar-fogo acordado em novembro de 2024, e que inclui o assassinato de grandes, históricos, libaneses, islâmicos e lideres de referência internacional como Sayyed Hassan Nasrallah e Sayyed Hashem Safieddine, e os horríveis “ataques dos pagers” que mataram e feriram milhares de libaneses, junto com as agressões e invasões diárias em todo sul do Libano, confrontando uma resistência forte e dedicada do qual a ocupação nunca foi capaz de conquistar ou reter território.

Enquanto marcamos o segundo aniversario do Diluvio de Al-Aqsa, onde existe uma agressão paralela ocorrendo na Palestina e no Líbano – “Propostas americanas” e o então apelidado “Plano de 21 pontos de Trump” em Gaza. Em ambos os países, as forças da resistência, dedicados como eles são a proteção e o zelo pelos melhores interesses de seu povo, tem buscado todas as possibilidades de cessar-fogo enquanto protegem o núcleo da causa de intervenções coloniais, novas entidades ilegais de ocupação como “forças de estabilização” e um “gabinete de paz” proposto por Tony Blair e Donald Trump; forças colaboracionistas armadas e treinadas pelo inimigo sionista, e as tentativas de dissolver a soberania e autodeterminação Libanesa e Palestina.

Para nosso movimento global, no entanto, e especialmente no núcleo do império – em meio aos diversos governos conjuntamente e totalmente responsáveis pelo genocídio do povo palestino – é nossa responsabilidade fazer tudo que está no nosso alcance para fortalecer a posição da resistência e garantir que o povo palestino não sejam largados para, sozinhos, confrontar as forças genocidas e seus cúmplices que buscam na mesa de negociações conquistar o que conseguiram no campo de batalha.

Devemos nos manter firmes em apoio a resistência na Palestina e a resistência no Líbano, contra quaisquer tentativas de impor um “desarmamento” – em outras palavras, de impor um desamparo completo frente a um regime sionista armado nuclearmente e com bilhões de dólares de armas imperialistas. É claro que no direito internacional, e sobre todos os princípios de humanidade, o povo palestino tem o direito de resistir a ocupação e colonialismo através da luta armada, e que o povo libanês tem o direito de resistir invasões e agressões estrangeiras através de luta armada. As armas da resistência são os direitos do povo, que representa, simbolicamente e materialmente, um esforço contínuo pela libertação de sua terra. Revisitando todas as histórias de traição e sabotagem, notoriamente nos casos dos massacres de Sabra e Shatila, fica evidente que todas as tentativas de desarmar a resistência são tentativas de liquidar a causa palestina.

Dessa forma, é nítido que a resistência não só é a melhor defensora da soberania nacional mas também a única força capaz de impor a autodeterminação do povo da terra sobre os colonos que almejam criar “Grande Israel” sobre a Palestina mas também o Líbano, Síria, Iraque, e ate Jordânia e Egito, apesar da cumplicidade de suas elites governantes e seu comprometimento em reprimir a resistência nos interesses de normalização com o regime sionista.

Enquanto lutamos para acabar com o genocídio, quebrar o cerco, reconstruir Gaza, defender a Cisjordânia, pelo direito de retorno dos refugiados, e pela libertação da Palestina do rio ao mar, continuamos a afirmar, 2 anos depois: Viva o 7 de Outubro! Abraçamos esse chamado por que esse dia representa o potencial revolucionário, e de fato a realidade, da resistência palestina e de todo campo da resistência na região, por que representa a marca inegável de orgulho que a ocupação tem tentado apagar em um mar de sangue e massacres.

Essa data representa a possibilidade da vitória e do triunfo, e a capacidade do povo palestino e sua resistência de derrotar o inimigo sionista e seus apoiadores imperialistas, e que dessa forma provoca terror em todos que estão do lado do genocídio, racismo, e colonialismo, pois representa o fim de sua supremacia, saqueamento e dominação. Ela representa a revolução haitiana, a vitória da Argélia, o Vietnã quebrando suas correntes, e o futuro da libertação no nosso mundo.

Dito isso, nos temos sidos sujeitos a uma constante tempestade de repressão no núcleo imperial, que  é parte integral da participação desses estados no genocídio, liderados pelos Estados Unidos. Recentemente, uma manifestação em Bolonha na Itália foi proibida – depois que mais de 2 milhões de italianos foram as ruas e realizaram uma greve geral por Gaza – por que os organizadores declarara, “Viva o 7 de Outubro! Vitoria para a resistência palestina!” A designação da Samidoun como uma “organização terrorista” e a proscrição da Palestine Action são feitas para aterrorizar o movimento das massas, puxar as redigas da indignação popular, e aparelhar o crescente movimento de solidariedade as promessas ilusórias de “reconhecimento de um estado palestino” sem soberania, terra, autodeterminação e se eximindo ate um embargo de armas sobre “Israel”.

Isso está ligado diretamente com a designação como “organizações terroristas” o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Movimento Jihad Islâmica na Palestina, A Frente Popular pela Libertação da Palestina, Hezbollah, Ansar Allah, e a Guarda Revolucionaria Islâmica (IRGC), e uma série de outras organizações, criminalizando “apoio material” e, em alguns países como Reino Unido, ate o mero apoio verbal, por essas organizações de resistência ou corajosos novos movimentos locais como Palestine Action, que, através de acoes diretas, tem causado danos significativos a máquina de guerra sionista-britanica.

A repressão contra Samidoun nos Estados Unidos, Canadá, e Alemanha, junto com ameaças na Bélgica e Hollanda, busca silenciar a solidariedade pelos prisioneiros palestinos em uma seara histórica no qual a resistência está lutando por suas vidas, e visando quebrar os laços de solidariedade entre o movimento global popular e a resistência ativa na Palestina, no Líbano, Iêmen e em toda a região.

Essas redes de apoio talvez se expressem mais claramente na figura de Mohammed al-Bukhati, membro do gabinete politico do Ansar Allah – como sempre, sendo um exemplo de que todos os outros setores do movimento devem emular – quando disse; “Hamas não perdeu suas cartas na manga, ganhou novas; nossa arma é a sua arma e o estreito marítimo mais importante do mundo agora está em suas mãos… Nosso campo de operações agora é o campo de operações do Hamas, e milhões de combatentes iemenitas agora são combatentes do Hamas, e a guerra do Hamas é agora nossa guerra e sua paz é nossa paz.” Devemos buscar ser um único movimento global, participando de uma resistência comum em várias frentes.

Nesse viés, é urgente apoiar todos os esforços de desdesignar e desproscrever as organizações de resistência e movimentos locais das “Listas de terroristas”, e enfrentar a repressão com uma solidariedade e apoio ainda maiores; os protestos em massa, nos quais centenas têm sido detidos, em apoio ao Palestine Action no Reino Unido são um exemplo proeminente.

É evidente que as tentativas de espantar o povo no sentido de apoiar o genocídio tem fracassado, enquanto milhões de pessoas tem mobilizado e marchado, de Karachi a Rabat, de Amsterdã a Roma, para interromper o genocídio, e enquanto outras centenas têm navegado para quebrar o cerco em Gaza na Flotilha Global Sumud.

Agora, no segundo aniversario do Diluvio de Al-Aqsa, é hora de renovar, intensificar, e construir nossa enchente global pela palestina, que hora de assumir nossas responsabilidades coletivas, interromper a máquina de guerra e acabar com esse genocídio, em apoio ao povo palestino e sua resistência. Devemos acelerar nossa luta e impor custos materiais nos empreiteiros de guerra, e devemos abraçar todos os perseguidos políticos em prisões imperialistas junto com aqueles em prisões sionistas como prisioneiros plenos da causa palestina e exigir sua libertação, desde Tarek Bazrouk ate Jakhi McCray, Anan Yaeesh, Musaab Abu Atta, Elias Rodriguez, e Casey Goonan. É nossa hora de tornar o isolamento internacional do regime sionista uma realidade material, ate no coração das potências imperialistas.

Gaza é agora, e sempre tem sido, o cemitério dos invasores. É a alternativa da resistência que se apresenta como o único verdadeiro caminho para a libertação, sem rendição, sem derrota. Agora, está nas mãos do nosso movimento globalizar a intifada, nos organizar enquanto trabalhadores no movimento sindical, estudantes no movimento dos estudantes, e mulheres no movimento das mulheres, e como pessoas dedicadas a uma causa revolucionaria; Unir forças contra o imperialismo, de ser um parceiro valioso da resistência que faz história diariamente, emergindo como uma fênix dos escombros do genocídio.

A Palestina é o centro do mundo. Gaza é a bússola da consciência. A resistência são os defensores da humanidade.

Pelo fim imediato do genocídio!

Liberdade para os prisioneiros!

Glória aos mártires!

Vitoria para a resistência!

Do Rio, ao Mar, Palestina vencera!

 

 

 

 


Descubra mais sobre Samidoun: Palestinian Prisoner Solidarity Network

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