Manifesto sobre a Resistência Indígena e Popular na COP30

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém, em novembro de 2025, tornou-se palco de uma dura expressão de resistência dos povos indígenas e dos movimentos sociais de esquerda do Brasil.
Na noite de 11 de novembro, cerca de 3 mil manifestantes, majoritariamente indígenas, organizaram uma invasão à área restrita da COP30, conhecida como Zona Azul, rompendo barreiras de segurança e denunciando veementemente a conivência dos governos fascistas presentes, alinhados a interesses sionistas e imperialistas.
Essa ação legítima denunciou o desmonte de direitos e a mercantilização dos territórios nacionais, ameaçando não apenas os povos originários, mas também a soberania ambiental e social do país.

Os indígenas protestaram contra a exploração predatória do petróleo na foz do rio Amazonas e contra a aprovação de políticas que aprofundam o ecocídio, como o avanço do agronegócio e o uso irracional de agrotóxicos, contando com o apoio explícito do governo Lula, alvo de revolta por sua postura entreguista e omissa diante do avanço sionista.
De acordo com relatos, durante a invasão, além da exigência pelo fim imediato da exploração dos recursos naturais, foram erguidas bandeiras históricas da luta anti-imperialista e antissionista, inclusive com símbolos de solidariedade à Palestina, indicando a intersecção das lutas contra o colonialismo e o imperialismo global.

Estudos apontam que o avanço sionista no Brasil tem impactos profundos sobre os povos indígenas, interferindo diretamente na disputa por territórios.
Políticas e acordos internacionais, guiados por interesses geopolíticos externos, promovem a concentração de terras e restringem a autonomia dos povos originários.
Essa realidade é agravada por modelos econômicos imperialistas que exploram a Amazônia, sabotando as estratégias de preservação ambiental das comunidades tradicionais, que historicamente guardam 13% do território nacional e são responsáveis pela conservação de 80% das florestas brasileiras.

O avanço da extrema direita no Brasil e no mundo tem desempenhado um papel central nesse processo de deslegitimação das lutas ambientais e indígenas, operando como braço político-ideológico do imperialismo e do sionismo internacional.
Sob o discurso de “ordem” e “progresso”, esses grupos promovem a militarização dos territórios, incentivam o armamento do campo e protegem os interesses do agronegócio e das mineradoras estrangeiras.
A extrema direita converte o negacionismo climático em arma de guerra cultural, criminalizando qualquer forma de resistência popular. Ao mesmo tempo, fomenta o ódio racial e apresenta os povos originários como entraves ao “desenvolvimento nacional”.

A ação direta na COP30 foi também um grito contra a “saleização” da crise climática, que transforma salvaguardas ambientais em mercadorias, beneficiando corporações e potências estrangeiras que lucram com o saque dos bens naturais brasileiros.
A mobilização denuncia que tais políticas são implementadas por governos fascistas que vendem a soberania nacional e criminalizam os povos indígenas e seus aliados.

Reafirmamos nosso irrestrito apoio aos movimentos indígenas e de esquerda que protagonizaram essa resistência legítima e histórica em Belém.
Reconhecemos que a luta indígena no Brasil é o coração pulsante da resistência antissionista, anti-imperialista e antifascista, uma luta que coloca a proteção dos territórios e a dignidade dos povos originários no centro da disputa por um futuro justo, soberano e sustentável.

Não aceitaremos que o Brasil se torne campo de expansão dos interesses sionistas, imperialistas e fascistas representados na COP30.
Seguiremos lado a lado com os povos indígenas e as forças progressistas, até que a justiça ambiental, social e territorial seja plenamente respeitada.

1. https://gcmais.com.br/noticias/2025/11/11/manifestantes-indigenas-tentam-invadir-area-restrita-na-cop30-em-belem-entenda/
2. https://sol.sapo.pt/2025/11/12/indigenas-invadem-cop30-na-cidade-brasileira-de-belem/
3. https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/cidades/cop30-manifestantes-tentam-invadir-area-da-onu-e-espaco-e-isolado-apos-tumulto-1.1666785
4. https://www.gp1.com.br/brasil/noticia/2025/11/12/manifestantes-indigenas-invadem-area-restrita-da-cop30-em-belem-e-causam-confusao-na-blue-zone-607934.html
5. https://www.dn.pt/internacional/cop30-ativistas-climticos-invadem-rea-restrita-da-conferncia


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