Sobre o Samidoun

Samidoun, Rede de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos, é uma rede internacional de organizadores e ativistas que se solidarizam com as lutas dos prisioneiros palestinos pela liberdade; a Samidoun foi construída posteriormente a greve de fome de setembro-outubro de 2011feita por prisioneiros palestinos em prisões israelenses. Com o ocorrido ficou evidente a necessidade de uma rede dedicada para apoiar os prisioneiros palestinos e desde então trabalhamos para aumentar a conscientização e fornecer recursos sobre os presos políticos palestinos, suas condições, suas demandas e as suas lutas pela liberdade, a liberdade deles e de seus companheiros de prisão e também da sua pátria. Também nos organizamos para realizar campanhas a favor de mudanças políticas, e, dessa maneira, defender os direitos e liberdades dos prisioneiros palestinos.

A Samidoun busca obter justiça para os prisioneiros palestinos por meio de eventos, atividades, recursos, delegações, pesquisas e compartilhamento de informações, bem como construir pontes com o movimento dos prisioneiros na Palestina. Procuramos dar mais visibilidade as vozes de prisioneiros palestinos, ex-prisioneiros, famílias de prisioneiros e defensores palestinos da justiça e dos direitos humanos através do compartilhamento e distribuição de notícias, entrevistas e materiais da\sobre Palestina.

Além do que já foi dito sobre as atividades da rede, nós produzimos anualmente, todo dezessete de abril, o Dia de Solidariedade com os Presos Políticos Palestinos que é um dia de manifestações, eventos e ações para informar e alertar todo o mundo sobre o que ocorre na Palestina, sobretudo aos prisioneiros políticos. E o porquê de falar sobre os prisioneiros?  Os prisioneiros palestinos estão diariamente na linha de frente da luta palestina pela libertação.

Nas prisões das ocupações israelenses os prisioneiros palestinos enfrentam o opressor, colocando assim seus corpos e vidas em risco para continuar a luta de seu povo pela justiça e liberdade. Dentro das prisões o movimento dos prisioneiros palestinos continua o engajamento na luta política, exigindo seus direitos, garantindo avanços na luta palestina e servindo como líderes para todo o movimento palestino, dentro e fora da Palestina. A ocupação israelense criminalizou todas as formas de existência palestina e resistência palestina,  desde manifestações pacíficas em massa à luta armada, ou pelo simples fato da pessoas recusar-se a ficar em silêncio e invisível como palestino.

Os prisioneiros palestinos são homens, mulheres e crianças de todas as partes da Palestina e de todas as famílias. A ausência daqueles que estão em privação de liberdade é fortemente sentida nas casas, comunidades, aldeias, cidades, organizações sindicais, de mulheres e estudantis que essas pessoas pertenciam e realizam ações. Os prisioneiros sofrem tortura, são isolados, respondem interrogatório coercitivo, não possuem direito de visitas de familiares e advogados; e, por esses motivos é que a greves de fome vira um apelo para o mundo para que consigam assim serem vistos e construam uma unidade e solidariedade a favor deles. As lutas dos prisioneiros continuam dentro das prisões e a sua liderança continua sendo para o movimento palestino fonte de inspiração e luta lembrando a responsabilidade de agir diante as injustiças cometidas por Israel.

Samidoun também se solidariza com os presos políticos árabes internacionais e, em particular, nos Estados Unidos, Canadá e Europa que se tornaram alvos por causa das suas lutas pela libertação e liberdade. Os governos canadense e americano são profundamente cúmplices e diretamente implicados na ocupação em curso da Palestina e nos crimes do Estado israelense, uma vez que esses Estados  permitem, financiam e apoiam a ocupação, o apartheid, a prisão em massa, o confisco de terras, a expropriação e a construção de assentamentos na Palestina. A Samidoun se solidariza com movimentos árabes, palestinos, lutas dos povos originários, dos independentistas porto-riquenhos, organizadores da libertação negra, ativistas latinos e chicanos e muitos outros alvos de racismo, colonialismo e opressão. Pois reconhecemos as relações entre prisão, racismo, colonialismo e a criminalização de imigrantes, refugiados e migrantes.

Construir solidariedade com os prisioneiros palestinos é, de fato, uma responsabilidade. Os prisioneiros palestinos estão no centro da luta pela liberdade e justiça na Palestina pois eles representam a prisão de um povo e de uma nação. Prisioneiros palestinos se levantam e lutam nas linhas de frente diariamente pelo seu retorno e libertação como também pela de toda a Palestina e todos os palestinos. Com tudo isso que foi exposto é nossa responsabilidade fazer com que as pessoas saibam o que acontece na Palestina e qual a situação dos prisioneiros palestinos ajudando-os em suas lutas e na luta Palestina como pela liberdade dos oprimidos do mundo. O movimento dos prisioneiros palestinos sempre esteve no centro do movimento de libertação palestino e permanece até hoje,  e , mais uma vez exigimos a liberdade de Georges Ibrahim Abdallah, encarcerado há mais de 35 anos na França por seu compromisso com a luta palestina.

Capítulos, afiliados e links da Samidoun em todo o mundo:

 

Samidoun Palestinian Prisoner Solidarity Network tem capítulos e afiliados nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Suécia, Holanda, Bélgica, Grécia, Espanha, Brasil, Palestina e Líbano e trabalhamos com grupos em todo o mundo. Você gostaria de formar um capítulo local ou se tornar um afiliado? Contate-nos em samidoun@samidoun.net.